segunda-feira, 16 de julho de 2012


PAI QUE TIVE



Sempre sofri muito com a ausência do meu pai
Ainda que o veja todos os dias em minha mente.
Isso ameniza a saudade do seu corpo ausente
Mas não abranda a tristeza que de mim não sai.

Não é consolador vê-lo apenas na imaginação
Ou nos efêmeros sonhos noturnos e irreais...
Pois revê-lo mentalmente me traz recordação
Dos belos dias de outrora que não voltam mais.

Um pai igual ao que tive nunca se esquece...
Não sai do pensamentonão sai do coração...
Nem de nossos sonhos sua imagem desaparece!

Mas tê-lo somente na lembrança é pura ilusão...
Meu desejo era reencontrá-lo, e se o tempo desse,
Nele dar bilhões de beijos recheados de emoção!


(Autor: Inácio Antônio Gomes de Lima-CIÊ,
filho de JOÃO GOMES).

TEMPO



Passa a vida, a vida vai passando,
No cavalo do tempo apressada...
E no trajeto das horas encurtando
distância dessa longa estrada.

Castelos mil outrora eu sonhava
Mas  não sonho como antigamente
Pois a força interior que me encorajava
Vem aos poucos morrendo lentamente.

Achei que a idade, o tempo não a consumia
E a juventude em mim permanecia...
No percurso dessa efêmera cavalgada.

Mas enquanto o ginete da vida vai trotando
Nossas virtudes vão se acabando
nossos sonhos se diluindo em nada!


(Autor: Inácio Antônio Gomes de Lima-CIÊ,
filho de JOÃO GOMES).

pássaro

I

Deslizando na amplidão do espaço,
Sem nenhum esforço e sem cansaço,
Com as asas inertesum pássaro voa.

II

Solto no ar, na direção do infinito
Em um lento trajetomuito bonito,
Com destino ignorado, ao céu se doa.

III

ritmo do seu voo torna-se constante,
Rompendo-o apenas em algum instante,
Quando as asas batem e o seu canto ecoa.

IV

ritual daquele pássarocom certeza...
Cumpre os instintos da sua natureza,
E, sem um rumo certoele segue à toa.

V

Igualmente àquela ave, o ser humano,
Sem nenhuma resposta, segue voando...
Pelos céus da incerteza que o atordoa.


(Autor: Inácio Antônio Gomes de Lima-CIÊ,
filho de JOÃO GOMES).

teu olhar


Ao ver-te um dia pela vez primeira...
Os meus firmes sentimentos me traíram
E os teus olhos magnéticos me atraíram.
Fiquei encantado com tua maneira.

Os teus gestos infantis me conduziram
Pelo rastro do teu andartoda faceira...
E o relance dos teus olhos traduziram
Que serias a minha eterna companheira.

Aquele brilho dos olhos teus em chama,
Revelaram os segredos de quem ama,
que neles eu encontraria a felicidade!

Assim, do teu olhar nasceu o nosso amor...
Que para sempre recluso me deixou...
Aprisionando por toda a eternidade.

(Autor: Inácio Antônio Gomes de Lima-CIÊ,
filho de JOÃO GOMES).


Soneto oferecida a Joselma em 25/06/2011